quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A expressão da força da mulher negra



No dia da Consciência negra, minha singela homenagem à algumas das mulheres que marcaram a história e a todas as outras que fazem a diferença na vida daqueles que estão ao seu redor. 
                           
"Belíssima expressão da força e beleza da mulher negra. Linguagem poética poderosa e pungente que revela a força revolucionária da mulher negra que tem que cotidianamente enfrentar as massacrantes (e ainda hegemônicas) opressões machista e racista, ambos alicerces fundamentais deste modelo de sociedade capitalista. Para mim, um libelo a favor da absoluta liberdade humana (o oposto do liberté mercantil liberal-burguês)". Cláudio Nascimento.

   Maria Firmina dos Reis foi considerada a primeira romancista brasileira. Era mulata e bastarda, nasceu em São Luís em 1825, Maranhão.

Princesa Anastácia. Por ter-se recusado a ser amante do senhor, e para que nao o mais pregasse contra a escravidão, tamparam-lhe a boca com uma mordaça de folha-de-flandres e lhe puseram uma gargantilha de ferro,a partir daí ela passou a comunicar-se através dos olhos. 








Adelina, a charuteira, foi uma escrava nascida em São Luís do Maranhão em meados do século 19. Filha bastarda de seu proprietário, vendia nas ruas os charutos que ele fabricava. Era o que se chamava de "escrava de ganho".






Carolina de JesusEx-catadora de papel, Carolina foi descoberta ao escrever uma matéria sobre a expansão da favela do Canindé. Com pouca escolaridade, favelada, mulher, negra e pobre, Carolina fez das obras um meio de denúncia sócio-política.
Beatriz NascimentoMaria Beatriz Nascimento (1942-1995) é intelectual ativista negra contemporânea.
Dandara foi uma grande guerreira na luta pela liberdade do povo negro. Ainda no século XVII, participou das lutas palmarinas, conquistando um espaço de liderança. De forma intransigente, entendia que a liberdade era inegociável. enfrentando todas as batalhas que sucederam em Palmares. Era a companheira de Zumbi dos Palmares. Opôs-se, juntamente com ele, a proposta da Coroa Portuguesa em condicionar e limitar reivindicações dos palmarinos em troca de liberdade controlada.


Luíza Mahin, foi uma protagonista importante na Revolta dos Malês. Conforme alguns estudiosos, se essa revolta vingasse, Luísa seria a rainha da Bahia. Construindo um reinado em terras brasileiras, já que fora princesa na África, na tribo Mahi, integrante da nação nagô. Foi alforriada em 1812.
  
RUTH DE SOUZA Na década de 40, foi co-fundadora do Teatro Experimental do Negro (TEN) - uma nova forma de dramaturgia que ajudou na valorização e no descobrimento de muitos artistas negros
Aqualtune era uma princesa do Reino do Congo, foi trazida escravizada para o Brasil, logo que foi derrotada em guerra no interior do reinado. Quando desembarcada no Brasil em Recife, foi vendida e levada para o sul de Pernambuco. Não demorou a integrar os movimentos de fugas que explodiam no regime escravista, tornando-se uma liderança importante para os quilombos de Palmares.
Benedita da Silva. Carioca, de 62 anos, ativista do movimento negro e feminista entrou para a história da política nacional como a primeira senadora negra do Brasil. É dela o projeto de lei da licença maternidade de 120 dias. Um símbolo da ascensão dos negros e mulheres na política brasileira.

   Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século XVIII. Mulher de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, Mato Grosso. Valente e guerreira ela comandou o Quilombo do Quariterê, este cresceu tanto sob seu comando que chegou a agregar índios bolivianos e brasileiros
AntonietadeBarrosaprimeiraaassumirummandatopopularnoBrasilNascida em 11 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Educadora e jornalista atuante, teve que romper muitas barreiras para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres – e mais ainda para uma mulher negra. 
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Theodosina Rosário Ribeiro foi à primeira deputada negra da Assembléia Legislativa de São Paulo. Nasceu em 29 de maio de 1930 na cidade de Barretos (SP). Quarenta anos depois, em 1970, a maior cidade da América Latina a elege como primeira vereadora negra da Câmara Municipal de São Paulo. E, em 1974, a primeira deputada negra da Assembléia Legislativa do Estado, onde ocupou também o cargo de vice-presidente. 

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