quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O silêncio na casa de Deus. Mea máxima culpa


O documentário "O silêncio na casa de Deus. Mea máxima culpa" traz a tona mais uma incrível história de abuso sexual na igreja católica, só que desta vez, de meninos surdos e mudos.



Uma carta, somente uma carta, abalou completamente as estruturas do vaticano. A redação de uma carta e seu envio ao cardeal Ângelo Sodano provocou uma investigação mundial dentro do vaticano.  Na carta, um jovem que fora abusado, denunciava um padre católico, Lawrence Murphy, e outros, pelos abusos que ele sofreu durante a infância. Ele também se refere aos estupros praticados contra outras crianças surdas e as com audição. Os garotos tinham em média 12 anos quando começavam a serem abusados.

Na calada da noite os padres se esgueiravam por entre as camas dos dormitórios dos adolescentes e crianças em busca dos mais suscetíveis aos abusos.  Alguns dos jovens estuprados foram enviados, ainda aos 4 anos, para as escolas católicas que funcionavam em regime de internato nos Estados Unidos. Nesse ambiente os padres se sentiam completamente à vontade para cometer os abusos e permanecerem impunes. Os abusadores sabiam que por conta da credibilidade que o clérigo lhes impunha as vítimas jamais seriam ouvidas em seus relatos ou denúncias. Pelo contrario, seriam acusadas de mentirosas ou de caluniadores e por isso eram repreendidas.


Mas as vitimas de Mhurphy, em especial, seriam as mais fáceis de abusar sem que corresse qualquer risco de ser denunciado. Suas vítimas eram surdas e mudas. E as preferidas por ele eram os garotos que sabidamente não resistiria as suas investidas e os filhos de país não surdos que não dominavam a linguagem dos sinais. Esses garotos, por mais que tentassem, não conseguiriam contar aos pais o que ocorriam entre as paredes da escola. A eles restava a esperança de que as freiras se compadecessem deles e denunciassem os estupradores. No entanto, elas ignoravam o que ocorria aos meninos.

Apesar de serem revoltantes os relatos do documentário, eles não me causaram surpresa. Tampouco me surpreendeu a conivência das freiras. Há pouco tempo atrás assistimos um escândalo semelhante aos relatados no documentário. Um monsenhor foi filmado em plena relação homossexual com seu ex-coroinha. Os estupros teriam começado quando os garotos ainda eram adolescentes. Além dos estupros, o que há de comum, entre o escândalo de lá e o daqui é que em ambos os casos havia a conivência das freiras. E o mais chocante, as nossas freiras não só sabiam dos casos de pedofilia como tratavam as vítimas e o padre por nomes no feminino, bem como chamavam os garotos de “mulher do monsenhor”. Conexão Repórter.

Segundo o estudioso Terapeuta Clerical do sexo Richard Sipes, comentarista do documentário, o sistema do clero católico “seleciona, cultiva, protege, defende e reproduz abusadores sexuais”.

W. Richard Sipe se dedica em tempo integral à investigação sobre as práticas sexuais e celibatária de bispos e padres católicos romanos . Esse caminho agora o leva ao estudo da doutrina sexual da igreja e de seus efeitos sobre o comportamento , especialmente o abuso sexual de menores por parte do clero e do emaranhado de problemas sexuais que algumas pessoas afirmam que estão bloqueando cada agenda religiosa e destruindo irremediavelmente a credibilidade da Igreja Católica em questões sexuais. Ele passou sua vida procurando as origens , significados e dinâmica do celibato religioso. Seus seis livros, incluindo o seu já clássico A Secret World e Celibato em Crise explora vários aspectos das perguntas sobre o padrão e prática do celibato religioso. Ele passou 18 anos servindo a Igreja como um monge beneditino e sacerdote católico . Nessas qualidades que ele foi treinado para lidar com os problemas de saúde mental dos sacerdotes. Ele e Marianne estão casados ​​desde 1970 e têm um filho . Tanto como sacerdote quanto como homem casado ele praticou psicoterapia, ensinou nas faculdades de Seminários Maiores e colégios católicos , palestrou em escolas médicas , e serviu como consultor e perito em ambos os casos civis e criminais envolvendo o abuso sexual de menores por parte de sacerdotes católicos. Sobre Sipes.

Segundo Sipe, todos na igreja católica sabem que ocelibato não é mantido por mais de 50% dos clerigos, mas que esse comportamento continua sendo admitido até que seja descoberto. Um dos fatores que levam a ocultação dos casos é o alçamento dos cléricos num pedestal acima da pessoas comuns, isso faz com as denuncias feitas pelas crianças sejam completamente ignoradas, como também repreendidas pelos católicos, isso ajuda a manter a manter o sistema secreto. 


Sipe reconheceu uma sídrome que a polícia chama de Sindrome em Causa Nobre, uma crença que os cléricos alimentam de que as boas intensões purificam o mau comportamento. Para um padre, a crença na sua própria bondade pode transformar uma perversão num ato sagrado.   

Isso fica demonstrado num típico caso de abuso relatado por Richard. Durante “um dos encontros sexuais”, que um padre teve com uma adolescente de 13 anos, o religioso levou uma hóstia consagrada que ele disse estar consagrada, a encostou na vagina da garota e disse “ È assim que Deus ama você”. Em seguida ele estuprou a garota.

Bem, acho que nada que possa ser dito tenha maior ou igual peso aos relatos contidos, fatos e dados exibidos no filme. Veja você mesmo o que tem a dizer ás vítimas e W. Richard Sipes.

1 comentário:

Anónimo disse...

esses padres safados deveriam ser castrados sem anestesia e passar o resto da vida apodrecendo na cadeia,e essas freiras safadas virarem mendingas mortas de fomes que teriam que se prostituirem a troco de comida azeda.alguem pode imaginar o sofrimento que essas criancinhas sofreu.em um lugar que achamos que estamos protegidos.é pior que o inferno....